Web móvel: 44% dos usuários não temem ser atacados enquanto surfam


Manter um antivírus atualizado e usar outros mecanismos de segurança na rede, como um firewall, são medidas básicas que as pessoas estão acostumadas a adotar em seu computador, seja em caso ou no trabalho. Mas poucos são os usuários que tomam esses mesmos cuidados quando usam a internet pelo celular.

Os especialistas em segurança são categóricos: com o avanço na utilização da telefonia móvel como ferramenta para navegação na web, a possibilidade de ataques por esse canal - como roubo de senhas para fraudes bancárias - também é maior.

Estudo feito recentemente pela Trend Micro, companhia japonesa especializada em segurança na rede, dá uma dimensão do descuido por parte das pessoas. A pesquisa mostra que 44% dos usuários de smartphones e iPhones não temem ataques durante o período em que navegam na web com os equipamentos. Foram entrevistados mil usuários, com mais de 18 anos, no Japão, Estados Unidos e Europa.

Eles acreditam que a internet móvel é tão ou mais segura que o acesso à web pelo computador tradicional. A Trend Micro informa não ter números sobre o comportamento dos usuários brasileiros destes dispositivos. "Mas, pela experiência no trato com os clientes, é possível dizer que os dados não mudariam muito se incluíssem o Brasil”, afirma gerente técnico da Trend Micro no Brasil, Eduardo Godinho.

O levantamento também registra que apenas 23% dos usuários de smartphones têm programas de segurança instalados nos dispositivos. De cada cinco entrevistados, um acredita que instalar softwares desse tipo não seria necessário, pois o risco de usar a internet pelo celular não seria tão assustador.
Celular X computadorO problema, aliás, não é propriamente o desconhecimento do usuário a respeito dos danos a que está exposto. Segundo o estudo, a maioria das pessoas conhece os tipos de ameaças que podem chegar pelo celular. Quase 50% delas já foram infectadas por algum código malicioso recebido pelo equipamento.

Godinho diz que as pessoas ficam mais tranqüilas acessando à web pelo celular do que pelo computador, mas não deveria ser assim, já que problema se dá nos dois meios. O gerente diz ainda que, apesar de os usuários saberem dos riscos no acesso à web via celular, como não conhecem pessoas cujos telefones foram infectados, pensam que o problema está longe ou que não acontecerá com elas. "Esses consumidores estão enganados. O celular é um dispositivo de armazenamento de dados como outro qualquer”.
Tanto que, segundo a Trend Micro, praticamente a metade dos entrevistados foi alvo de uma mensagem indesejada pelo celular nos últimos três meses e, 17% dos entrevistados afirmaram que a quantidade de spam recebido pelo telefone móvel aumentou.

As vulnerabilidades não são maiores necessariamente no acesso, mas sim no que se instala ou baixa no celular.
Suponha que um usuário queira receber as fotos da festa da empresa que um amigo tirou com o celular dele. O material pode vir por e-mail ou por bluetooth. Se o celular em questão estiver contaminado, aquele que receber as mensagens também poderá ser.

E nem as empresas estão imunes ao problema. Suponha que, no caso ilustrado acima, uma das pessoas – ou ambas – decida repassar as fotos para o computador utilizado na companhia para a qual trabalha.
Godinho diz que as organizações nem se dão conta, mas a rede corporativa pode ser infectada quando um funcionário compartilha arquivos, como fotos ou e-mails, repassados por meio de um celular contaminado. “O objetivo dessas contaminações costuma ser o roubo de senhas, para transferência de dinheiro entre contas bancárias”, afirma.

Além de se conscientizar dos riscos existentes, Godinho diz que os usuários devem ficar atentos aos conteúdos que baixam e instalam em seus celulares e sugere a instalação de antivírus nos aparelhos, mantendo-o atualizado.

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